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Lucimar Lauriano

Testemunho de Lucimar Lauriano tirado do livro “Reencontrando o caminho da Felicidade Feminina”.

Certo dia ao conversar com a dona de um armarinho que há muito não se encontravam ela explicou que havia deixado as aulas de artesanato para se dedicar integralmente à família. Impactada  e surpresa ela exclamou: “Lucimar, você virou ‘do lar’!”. Com peculiar sinceridade, comentando comigo aquela inusitada conversa, disse que olhou no fundo dos olhos daquela senhora e respondeu:

“Sim, eu decidi me dedicar 1oo% à minha família, ao meu lar. Voltei ao lugar de onde eu nunca deveria ter saído, o lugar que mais necessita da minha constante presença. Eu tomei uma decisão que não foi fácil, foi uma decisão que eu creio ter sido uma inspiração divina porque eu rezei muito, e pedi a Deus que me indicasse um caminho pois estava muito cansada e frustrada… e de onde vinha tudo isso? Era porque eu queria abraçar o mundo com as pernas, eu queria cuidar dos meus filhos, eu queria ser professora de patchwork, eu queria cuidar do meu marido, da minha casa e isso, humanamente, é impossível, porque o papel da mulher não é esse. A vocação da mulher é integralmente voltada para sua família e eu não estava cumprindo essa missão. Então pedi para Deus me iluminar e Nossa Senhora me guiar para o que eu devia fazer. Não foi uma decisão fácil, foi uma ruptura muito dolorosa e eu sofri muito, mas eu tenho certeza que foi a melhor que podia ter tomado na minha vida, porque não fiz o bem somente para os meus filhos mas para o mundo, para a sociedade ao educa-los para serem santos, para serem bons homens”.

A paz que Lucimar encontrou é fruto de uma decisão amadurecida pelo tempo, pelas experiências e sofrimentos. Convicta ela continou dando o testemunho à dona do armarinho:

“A gente não pode tirar o foco da família: é ‘orai e vigiai’ sempre. Enquanto trabalhava eu trazia trazendo coisas externas para o nosso lar a gente acaba tendo que ouvir problemas dos outros e se envolve. Impossível se concentrar. Você não dá a devida atenção ao marido nem o faz feliz, não cuida direito de sua casa, nem cuida dos seus filhos, você faz tudo mal feito. São os retalhos de coisas e não era isso que eu queria para minha vida. Então eu me fiz a pergunta, o que eu estava construindo, o que é mais importante, o que eu vou levar para o meu futuro, para a minha história? São os meus filhos! Patchwork qualquer professora ensina. Ser mãe dos meus filhos só eu posso ser”.

Hoje, rodeada de seus filhos e com total apoio do esposo, ainda mais feliz pela ‘nova’ esposa que tem, ela fala com autoridade para as mulheres do seu tempo: “Descobrir na maternidade a felicidade que tanto buscamos é a maior graça”.